Risco de doenças sexualmente transmissíveis entre Policiais militares
Palavras-chave:
polícia, comportamento sexual, doenças sexualmente transmissíveis (DST)Resumo
Introdução: no estudo da sexualidade é importante investigar a prevalência e os fatores de risco para a infecção por doenças sexualmente transmissíveis (DST) devido à alta morbimortalidade relacionada a tais doenças, especialmente no que se refere ao HIV. Objetivo: verificar a presença de fatores de risco para a ocorrência de DST entre policiais militares do sexo masculino. Métodos: estudo transversal conduzido entre julho e setembro de 2010. Foram incluídos policiais militares homens que aceitaram participar. O questionário, autoaplicável e anônimo, continha dados sobre características sócio-demográficas, comportamentais e sexuais para infecção por DST, e história pregressa ou atual de DST e manifestações urogenitais. Os dados foram inseridos no Epidata versão 3.1 e a análise estatística foi realizada com o SPSS, versão 18.0. resultados: participaram do estudo 193 policiais. A média de idade foi de 36,3 (DP ± 7,7) anos. Predominaram indivíduos brancos (80,8%), católicos (62,7%), casados (62,7%) e heterossexuais (94,3%). Do total, 34 policiais tiveram DST pregressa, sendo a gonorreia a mais citada. Em relação aos fatores comportamentais, 67,4% dos policiais são ou foram infiéis e somente 24,4% usavam preservativo nas relações sexuais. A ocorrência de DST esteve associada ao não uso de preservativo, homo ou bissexualidade, sexo com profissionais do sexo, relação extraconjugal, múltiplos parceiros, uso de drogas e alcoolismo. Conclusão: os resultados sugerem que esta população tem grande suscetibilidade em contrair DST, por apresentar múltiplos fatores de risco.