Sífilis e gestação
estudo comparativo de dois períodos (2006 e 2011) em população de puérperas
Palavras-chave:
sífilis, sífilis congênita, pré-natal, DSTResumo
Introdução: em 2005 a sífilis SF em gestantes foi incluída na lista de agravos de notificação compulsória, na tentativa de controlar a transmissão vertical. Objetivo: comparar dois períodos em população de puérperas para verificação da sífilis congênita (SC) como fator de assistência pré-natal. Métodos: estudo observacional transversal comparativo retrospectivo e prospectivo dos casos de SC ocorridos em dois períodos distintos com 512 puérperas em cada período (2006 e 2011) com total de 1.024 puérperas, de quatro maternidades da cidade de Campo Grande-MS. O diagnóstico baseou-se nos critérios propostos pelo Ministério da Saúde. Foi realizada entrevista ao leito e verificação dos exames obtidos durante o pré-natal ou no ato da internação. Resultados: a prevalência de SC observada no primeiro período (2006) foi de 2,3% e no segundo (2011), de 0,58%. Observou-se associação significativa entre os períodos estudados e elevação da frequência das doenças infecciosas e sexualmente transmissíveis, de 3,5% (2006) para 10,1% (2011). Não se observou associação significativa entre os períodos estudados e as variáveis relacionadas a infecção sifilítica materno-fetal, tratamento do parceiro e tratamento dos outros filhos. Conclusão: verificou-se o desconhecimento sobre a importância da prevenção da sífilis, além da atenção e o cuidado que devem existir no momento do preenchimento do cartão da gestante, e elevação significativa da identificação de outras doenças infecciosas durante o pré-natal no ano de 2011 em relação ao ano de 2006. Em nenhum período ocorreu o tratamento adequado das pacientes, dos parceiros e o rastreamento dos filhos.