Morbi mortalidade de adolescentes com HIV/aids em serviço de referência no Sul do Brasil
Palavras-chave:
HIV, aids (síndrome da imunodeficiência adquirida), saúde do adolescente, enfermagem, DSTResumo
Introdução: com o avanço da epidemia da aids no Brasil, evidenciou-se uma tendência à juvenização do seu perfil epidemiológico, ou seja, a distribuição dos casos de aids na população de adolescentes. Objetivo: caracterizar a morbimortalidade de adolescentes com HIV/aids que foram atendidos no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM/RS/Brasil), no período de 1993 a 2011. métodos: estudo descritivo, documental, retrospectivo, com abordagem quantitativa. Os prontuários do HUSM foram a fonte de informação de dados. A população do estudo foi de 45 adolescentes com HIV/aids, na faixa etária de 13 a 19 anos, segundo critério etário estabelecido pelo Programa Nacional de DST/Aids do Brasil. Resultados: desta população, 60% eram meninas, 48% de 13 a 14 anos, em 66,7% a transmissão foi vertical, 44,4% tiveram diagnóstico até os 5 anos de idade, 46,7% tiveram de quatro a seis consultas no último ano, 49% foram assíduos, 84,4% faziam uso de antirretrovirais, 92,2% com esquema duplo, 44,7% há mais de 9 anos, 60% já haviam tido doença oportunista, e 75,6%, internação hospitalar. Foram notificados dois óbitos. Conclusão: evidenciou-se a fragilidade clínica pelo comprometimento imunológico e doenças oportunistas, pela necessidade de acompanhamento clínico, laboratorial e medicamentoso permanentes, pela demanda de adesão ao tratamento e exposição a efeitos adversos, o que indica a necessidade de integralidade na atenção à saúde dos adolescentes, com o compromisso de atender às demandas específicas da condição sorológica e da fase de crescimento e desenvolvimento.