Avaliação imunovirológica inicial de pacientes com HIV/AIDS em um serviço de assistência especializada
Palavras-chave:
HIV, avaliação imunológica, avaliação virológica, DSTResumo
Introdução: o advento da terapia antirretrovirai (TARV) ampliada tem proporcionado um melhor prognóstico em relação à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)/síndrome de imunodeficiência adquirida (aids). No entanto, ainda é grande o percentual de pessoas que realizam tardiamente o diagnóstico da infecção pelo HIV, fato evidenciado pelos baixos níveis iniciais de linfócitos CD4 ao início do acompanhamento clínico. Objetivo: ressaltar a importância do diagnóstico precoce da infecção pelo HIV, possibilitando intervenções multiprofissionais preventivas de caráter secundário e também primário. Métodos: levantamento de todos os prontuários do Serviço de Assistência Especializada da Policlínica Oswaldo Cruz, Porto Velho/RO, realizado nos meses de setembro a dezembro de 2009. Foram incluídos os pacientes que possuíam contagem de CD4 e carga viral realizadas logo após o diagnóstico, com idade superior a 13 anos à data do diagnóstico sorológico (anti-HIV), e ainda sem uso de TARV no momento das avaliações imunológica (contagem de CD4) e virológica (carga viral) iniciais. As contagens de CD4 e as cargas virais iniciais dos pacientes foram estratificadas, para verificação do risco de desenvolvimento de doença. Resultados: dentre 303 pacientes, 31,3% apresentavam CD4 abaixo de 200/mm3 * e carga viral maior que 30.000/mm3, com risco de 85,5% de desenvolvimento de aids em 3 anos. Conclusão: a necessidade de diagnóstico precoce da infecção pelo HIV ainda é grande, uma vez que muitos pacientes procuram assistência em fase avançada. Os benefícios da TARV, quando instituída em momento oportuno, são incontestáveis. Campanhas para a testagem voluntária devem ser divulgadas com maior intensidade, com ampla divulgação dos potenciais benefícios decorrentes da testagem.