Candidíase

Autores

  • Leonardo S. Barbedo
  • Diana B.G. Sgarbi

Palavras-chave:

candidíase, candidose, Candida albicans, Candida spp

Resumo

A candidíase ou candidose é uma micose oportunista primária ou secundária, endógena ou exógena, reconhecida como doença sexualmente transmissível (DST), causada por leveduras do gênero Candida. As lesões podem variar de superficiais a profundas; brandas, agudas ou crônicas; envolvendo diversos sítios, tais como boca, garganta, língua, pele, couro cabeludo, genitálias, dedos, unhas e por vezes órgãos internos. Espécies desse gênero residem como comensais fazendo parte da microbiota normal do trato digestório de 80% dos indivíduos sadios. A epidemiologia da candidíase depende da predisposição do hospedeiro (imunodepressão), carga parasitária e virulência fúngica, logo, quando estes três fatores estão presentes, as espécies do gênero Candida tornam-se agressivas, portanto, patogênicas. Das quase 200 espécies, aproximadamente 10% são consideradas agentes etiológicos, sendo que as principais de interesse clínico são C. albicans, C. parapsilosis, C. tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. guilliermondii e C. lusitaniae, porém casos de espécies emergentes como C. dubliniensis, C. kefyr, C. rugosa, C. famata, C. utilis, C. lipolytica, C. norvegensis, C. inconspicua, C. viswanathii, dentre outras, estão sendo relatados devido à alta frequência com que colonizam e infectam o hospedeiro humano. O diagnóstico laboratorial da candidíase baseia-se essencialmente na presença de blastoconídios no exame direto e observação da cultura leveduriforme de coloração creme e aspecto pastoso em ágar Sabouraud. Quanto às manifestações clínicas, podemos dividi-las em cutâneo-mucosas, sistêmicas e alérgicas. As lesões são úmidas e recobertas por uma pseudomembrana esbranquiçada que, ao ser removida, apresenta fundo eritematoso, quando em mucosas; e lesões-satélites eritematosas de aspecto descamativo, quando cutâneas. A retirada dos fatores predisponentes e o restabelecimento da imunidade, combinados com derivados azólicos e poliênicos, são os principais tratamentos da candidíase.

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Biografia do Autor

Leonardo S. Barbedo

Mestrando em Microbiologia e Parasitologia Aplicadas da UFF, bolsista REUNI.

Diana B.G. Sgarbi

Professora Associada de Micologia, MIP/UFF.

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Publicado

2010-02-16

Como Citar

1.
Barbedo LS, Sgarbi DB. Candidíase. DST [Internet]. 16º de fevereiro de 2010 [citado 21º de novembro de 2024];22(1):22-38. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/1070

Edição

Seção

Artigo original