Prevalênciada infecção por HIV em grávidas no norte do Brasil
Palavras-chave:
gestantes, vírus da imunodeficiência humana (HIV), diagnóstico, taxa de prevalência, DSTResumo
Introdução: a partirdas mudanças no comportamento epidemiológico da transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV), os estudos de prevalência também mostraram diferenças, sobretudo entre as mulheres e, neste contexto, um grupo de grande importância epidemiológica é o das grávidas. Objetivo: avaliar a prevalência e o diagnóstico do HIV em grávidas atendidas em maternidade pública da Região Norte do Brasil. Método: estudo descritivo, retrospectivo, de 770 prontuários de grávidas atendidas na triagem obstétrica da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, entre 2004 a 2010. Resultados: a prevalência no período foi de 1,87%. Quanto ao diagnóstico de infecção pelo HIV, 75,1% já sabiam antes da gravidez atual, 3,6% souberam durante o pré-natal, totalizando em 78,7% a cobertura do diagnóstico da infecção pelo HIV antes do parto, já 21,3% só conheceram sua condição no momento do parto por meio do teste rápido. Os testes usados para análise estatística foram o teste qui-quadrado de contingência, teste G ou ANOVA, nível alfa de significância p < ou = a 0,05. Conclusão: o conhecimento da prevalência e do diagnóstico da maior casuística de grávidas infectadas pelo HIV da Amazônia brasileira permite concluir que a taxa de 21,3% de falta de cobertura diagnóstica de infecção pelo HIV depõe contra a qualidade da execução dos programas de saúde e, sobretudo, mostra que a equipe de assistência precisa melhorar o acolhimento às grávidas durante o pré-natal. O Estado do Pará mostrou alta taxa de prevalência da infecção pelo HIV na gravidez, contrapondo-se às demais regiões do País.