Aspectos epidemiológicos da Papilomatose causada pelo papilomavírus humano em mulheres atendidas na atenção básica em saúde do município de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro
Palavras-chave:
epidemiologia, diagnóstico, HPV, DSTResumo
Introdução: as doenças virais têm afetado o homem há milhares de anos; porém, o conhecimento de vírus que promovem o desenvolvimento de neoplasias malignas humanas é bem recente. Foi de suma importância, para a saúde das mulheres, a descoberta da relação entre o câncer de colo uterino e o papilomavírus humano (HPV). Objetivo: o objetivo deste trabalho foi pesquisar, através de inquérito epidemiológico, as variáveis relacionadas ao perfil das pacientes com suspeitas de HPV de colo de útero atendidas no Hospital Geral de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro. Métodos: as pacientes atendidas no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) no período de março/2009 a fevereiro/2010 foram entrevistadas através de questionário preestabelecido.Resultados: ao todo, 117 pacientes foram entrevistadas. Baseando-se nos dados fornecidos pelo médico responsável, pode-se observar que a média de idade era de 34,5 anos, e que as pacientes eram originárias de diversos municípios do estado do Rio de Janeiro, sendo 53 (44%) do município de Nova Iguaçu. Quanto ao número de parceiros sexuais, 60 mulheres (51%) apresentaram quatro ou mais parceiros e 17 mulheres (15%) relataram relações com apenas um parceiro. 105 mulheres (90%) relataram não usar preservativo com o parceiro permanente e nove mulheres (10%) descreveram o uso contínuo do preservativo com seus respectivos parceiros. Conclusão: mulheres com idade média de 34,5 anos que tiveram quatro ou mais parceiros sexuais estão no grupo de risco para carcinoma invasivo caso o HPV, principalmente do tipo 16, seja detectado como persistente. O rastreamento do câncer de colo de útero é imprescindível nas mulheres entre 25 e 59 anos.