Comparação da coleta das amostras de sangue na triagem pré-natal, utilizando o papel de filtro e punção venosa na técnica de ELISA para detecção de HIV 1+2
Palavras-chave:
sorologia, aids, HIV 1 2, pré-natal, papel de filtro, ELISA, DSTResumo
Introdução: apesar de o papel de filtro (PF) ter sido introduzido desde o século passado, (1963) por Guthrie e Susi, nas triagens neonatais, como alternativa para a coleta da amostra do sangue, seus benefícios na aplicação da prática médica laboratorial não foram aproveitados com eficiência nestes anos, com exceção dos recentes resultados obtidos nos trabalhos para a triagem pré-natal. O diagnóstico precoce do HIV em mulheres grávidas é de fundamental importância, sendo o aporte mais destacado para neutralizar a transmissão vertical (TV) do HIV-aids, pois ao ser detectada a presença de anticorpos anti- -HIV, aplica-se o Protocolo ACTG 076 (Pediatric AIDS Clinical Trials Group Study Group), que é o tratamento das gestantes HIV-positivo no pré, intra e pós-parto. Objetivo: comparar a coleta das amostras de sangue no papel de filtro (PF) e no plasma (padrão-ouro) na triagem pré-natal, utilizando anticorpos anti-HIV 1+2 no procedimento imunoquímico ELISA (Imunoscreen HIV 1+2 SS), da firma Mbiolog. Métodos: foram estudadas 1.142 grávidas de quatro municípios do Estado do Rio de Janeiro: Itaboraí (N = 131), Itaguaí (N = 597), Niterói (N = 377) e São João de Meriti (N = 37), a partir do mês de novembro de 2008 até fevereiro de 2009. As grávidas foram submetidas a punção digital e venosa para a rotina da triagem pré-natal, sendo a primeira aplicada em PF. Foram calculados os limites de especificidade, sensibilidade, e valores preditivos positivos e negativos para o estudo. Resultados: os resultados da absorbância (homogeneização das variâncias) encontrados para as amostras não reativas e reativas, em ambas as técnicas, não mostraram diferenças significativas (P > 0,05) quando aplicado o teste T de Student no estudo de repetitividade. Os estudos de reprodutibilidade em ambas as técnicas não resultaram coeficientes de variação superiores a 10%. Conclusão: os resultados da sorologia para HIV no sangue seco coletado em PF foram semelhantes aos da coleta por punção venosa, validando esta técnica.