Limitação da citologia e o impacto na redução do câncer de colo uterino
DOI:
https://doi.org/10.5327/DST-2177-8264-20223405Palavras-chave:
Teste de Papanicolaou, infecções por papillomavirus, neoplasia intraepitelial cervical, prevalênciaResumo
Introdução: O câncer de colo uterino é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no
Brasil. A junção escamo-colunar e a zona de transformação concentram 90% das lesões pré-invasoras e invasoras cervicais. Objetivo: Avaliar prevalência
de colpocitologias sem células da junção escamo-colunar e a viabilidade de busca ativa. Métodos: Estudo transversal em hospital universitário entre 2017
e 2018. Calculada prevalência de citologias sem células da junção escamo-colunar. Obtida amostra por conveniência, calculada média de idade e relação
com a presença da junção escamo-colunar. Realizada busca ativa e colhidas citologias com preparo estrogênico, se indicado. Analisados os prontuários das
demais mulheres. Resultados: A prevalência de ausência de células da junção escamo-colunar foi de 28,84%. A média de idade foi 53 anos, sem associação
com presença da junção escamo-colunar (p=0,409). Retornaram 76 mulheres e 36 (47,37%) usaram estrogênio. Não identificamos neoplasia intraepitelial
cervical graus 2 ou 3, carcinoma microinvasor e câncer. Analisados 134 prontuários, dos quais apenas 36 mulheres (26,87%) concluíram o rastreio.
Conclusões: A presença de células da junção escamo-colunar indica qualidade da coleta, e o uso de estrogênio na pós-menopausa favorece sua obtenção.
Houve dificuldade de busca ativa. A repetição imediata da citologia deve ser considerada.