A representação sociais da AIDS junto à comunidade subsídios para o atendimento psicossocial do paciente HIV
Palavras-chave:
síndrome da imunodeficiencia adquirida, representação social, saúde coletiva, líderes de comunidadesResumo
Para identificar alguns dados relevantes na concepção de programas de informação e prevenção à AIDS, foi processada uma análise de conteúdo em entrevistas com 15 líderes e agentes de comunidade na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo (SP), Brasil. Considerando as diversas subcategorias de conteúdo destacadas, 39 locuções foram isoladas e associadas a escalas de probabilidade (b) e de avaliação (e) para verificar crenças e representações sobre três aspectos da AIDS: 1) doença - com 14 itens relacionados a contágio, efeito psicológico, origens, razão necessária e prevenção, identificando representações teleológicas associadas a castigo, imprudência, erro humano, falência de costumes e, principalmente, ao desgaste da família; 2) paciente - com 13 itens associados a perfil e convívio social, voltados para a restituição dos direitos civis; 3) tratamento - com 12 itens relacionados à falta de recursos, interação profissional/paciente e abordagens psicossociais, identificando pobreza de informações técnicas com ênfase nas relações informais do acendimento. Escudos d iferenciais em função de sexo, idade e escolaridade identificaram, nos sujeitos mais novos, propensões mais favoráveis frente aos conteúdos relacionados com o paciente (t = 2,27; p = 0,02), além de atitudes mais positivas relacionadas ao tratamento por parte das pessoas de menor nível de escolaridade (t = - 2,51; p = 0,01). Essas representações apresentam uma generalidade que aproxima os líderes de seus pares na comunidade em geral, o que reforça a indicação de se estender os programas de formação e orientação também aos agentes comunitários (FAFESP) .