Associação T. vaginalis e G. vaginalis
variações nos efeitos epiteliais
Palavras-chave:
protozoá-rios parasitas, tricomoníase, alterações citológicas, avaliação citológica, câncer cervical, T. vaginalis, G. vaginalisResumo
FUndamentos: A ocorrência de Doenças Sexual-mente Transmissíveis (DST) tem sido aventada por diversos autores como co-fatores na promoção de câncer cervical. Alguns agentes infecciosos como o T vagina/is tem sido frequentemente encontrados em pacientes com diagnóstico de cãncer cervical. Objetivos: O presente estudo foi conduzido com o objetivo de correlacionar dois grupos de pacientes a fim de avaliar diferenças nas células escamosas entre mulheres albergando apenas T. vagina/is, e outro gn1po T. vagina/is e G. vagina/is com sua flora anaeróbia associada. Alterações citoplasmáticas, nucleares, e celulares foram detectadas. O papel da G. vagina/is como um fator protetor na progressão das alterações citológicas causadas pelo T. vagina/is foram analisadas, assim como os sintomas relacio-nados com ambas as infecções. Resultados: Pseudoeosinofilia (64%), halos peri-nucleares (53%), hiperceratose (18%) e núcleos au-mentados (35%) foram os achados mais freqüentes. Enquanto que a hiperceratose foi duas vezes mais frequente no grupo de infecção dupla. Perda de bor-das citoplasmáticas e alterações nucleares aumenta-ram paralelamente ao inóculo do T. vaginalis. Aumento do tamanho do núcleo mostrou associação com tri-. comoníase aguda (51 %), enquanto que nos casos crô-nicos pseudoeosinofilia foi mais freqüente. Prurido foi mais freqüente no grupo do T. vagina/is (74%), e odor mostrou-se exacerbado nas pacientes albergando ambos os agentes. Conclusões: Os autores concluíram que não so-mente a presença de G. vagina/is, mas também a quan-tidade de T. vagina/is, a duração do corrimento, pru-rido e odor fétido podem estar relacionados com alte-rações citológicas importantes, as quais algumas ve-zes podem ser confundidas com anormalidades en-contradas no cãncer cervical ou virais.