Prevalência de infecção por HPV de alto risco em mulheres utilizando captura híbrida na prevenção do câncer do colo do útero no Sul do Brasil

Autores

  • Guilherme Lucas de Oliveira Bicca
  • Mariângela Freitas da Silveira
  • Suele Manjourany Silva
  • Kleber Roberto Siguel da Silva
  • Fernando Celso Lopes Fernandes de Barros

Palavras-chave:

HPV de alto risco, câncer cervical, captura híbrida, Brasil

Resumo

Introdução: Sabe-se que infecções por HPV de alto risco (HPV AR) estão ligadas ao desenvolvimento de câncer cervical. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo quantificar a prevalência de infecções por HPV em mulheres da metade sul do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, correlacionando fatores associados ao desenvolvimento de lesões precursoras e câncer cervical. Métodos: Para tanto, 643 mulheres foram incluídas no estudo, preenchendo um questionário padronizado e submetidas aos exames de citologia, colposcopia e HPV AR (Captura Híbrida 2). Resultados: A maioria das pacientes tinha idade entre 20 e 39 anos (70,6%), houve decréscimo na porcentagem de fumantes de 23% para 11% e a média de idade ao início da vida sexual era de 18 anos. A prevalência de HPV AR é correlacionada com idades mais jovens, com menos pacientes infectadas por HPV AR quando estas eram mais velhas no momento do início da atividade sexual. Prevalência próxima a 70% foi observada em mulheres que tiveram 4 ou mais parceiros sexuais. Resultados citológicos e colposcológicos alterados tiveram taxas significativamente mais altas de infecção por HPV AR. 334 mulheres foram encaminhadas à biópsia. Destas, 321 tiveram resultados de colposcopia alterados e citopatologia ASC-US/AGC-US, LSILs e HSILs, com 231 biópsias realizadas neste estudo. Nenhum dos resultados indicou câncer. O teste de CH2 mostrou mais especificade do que a citologia, com altos valores preditivos positivos e negativos (49,8% e 78,6%, respectivamente). Conclusão: A inclusão de testes para HPV AR nos programas de triagem no Brasil, de acordo com as políticas internacionais, levará à redução de biópsias em mulheres não infectadas e aumentará o intervalo entre exames.

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Biografia do Autor

Guilherme Lucas de Oliveira Bicca

Postgraduate Program in Health and Behavior, Universidade Católica de Pelotas – Pelotas (RS), Brasil.

Mariângela Freitas da Silveira

Postgraduate Program in Epidemiology, Universidade Federal de Pelotas – Pelotas (RS), Brasil.

Suele Manjourany Silva

Postgraduate Program in Epidemiology, Universidade Federal de Pelotas – Pelotas (RS), Brasil.

Kleber Roberto Siguel da Silva

School of Medicine, Universidade Federal de Pelotas – Pelotas (RS), Brasil.

Fernando Celso Lopes Fernandes de Barros

Postgraduate Program in Health and Behavior, Universidade Católica de Pelotas – Pelotas (RS), Brasil.
Postgraduate Program in Epidemiology, Universidade Federal de Pelotas – Pelotas (RS), Brasil.

Publicado

2013-05-16

Como Citar

1.
Bicca GL de O, Silveira MF da, Silva SM, Silva KRS da, Barros FCLF de. Prevalência de infecção por HPV de alto risco em mulheres utilizando captura híbrida na prevenção do câncer do colo do útero no Sul do Brasil. DST [Internet]. 16º de maio de 2013 [citado 21º de novembro de 2024];25(2):109-14. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/339

Edição

Seção

Artigo original