Associação de absorventes higiênicos íntimos e vestimentas com vulvovaginites

Autores

  • Marcela Grigol Bardin
  • Paulo César Giraldo
  • Cristina Laguna Benetti Pinto
  • Virgínia Pianissoni Piassaroli
  • Rose Luce Gomes do Amaral
  • Nádia Polpeta

Palavras-chave:

vaginose bacteriana, candidíase vulvovaginal, higiene, absorventes higiênicos, vestuário, tipo de calcinhas

Resumo

Introdução: A oclusão vulvar e o acúmulo de umidade em decorrência do uso de absorventes higiênicos, roupas íntimas sintéticas e/ou calças justas são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de vulvovaginites (VV). Contudo, esta associação ainda está mal esclarecida. Objetivo: Associar a prática do uso de absorventes higiênicos e vestimentas à presença de vaginose bacteriana (VB) e/ou candidíase vaginal (CV). Métodos: Estudo de corte transversal analisou o uso de absorventes higiênicos e vestimentas de 307 voluntárias de 18 a 45 anos, com e sem VB e/ou CV. Um questionário com seis domínios foi aplicado individualmente às voluntárias, nos ambulatórios de ginecologia de um hospital universitário (Unicamp, BR). Este estudo analisou três dos seis domínios. Coletou-se material vaginal para diagnóstico microbiológico de VB (critérios de Nugent) e CV (bacterioscopia corada por Gram e cultura em meio Saboureaud). Critérios de exclusão: uso de antibiótico nos últimos 15 dias, histórico de câncer, HIV+, sífilis e doença imunossupressora. A análise estatística utilizou teste exato de Fischer e qui-quadrado, pelo EPI INF 0.5. O nível de significância considerada foi p<0,05. Resultados: Do total, 141 (46%) das mulheres foram diagnosticadas com VV. A média de idade foi de 33 (±6,8) anos e a maior parte das mulheres era caucasiana (52%), tinha um parceiro fixo (83%) e utilizava métodos hormonais contraceptivos (64,5%). As mulheres com VV utilizaram mais calcinhas de tecido sintético (10,6% x zero), apresentaram mais ciclos menstruais (72,3 x 55,4%) que aquelas sem VV (p<0,005 e p<0,0001) e apresentaram hábitos de uso de absorventes semelhantes. Conclusão: Os hábitos de uso de absorventes higiênicos não estão associados à presença de VV. Já a presença de ciclos menstruais e uso de calcinhas de tecido sintético se relacionou a maior frequência de VV.

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Biografia do Autor

Marcela Grigol Bardin

Post-graduate student at Department of Obstetrics and Gynecology, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Campinas (SP), Brazil.

Paulo César Giraldo

Full professor at Department of Obstetrics and Gynecology, Faculdade de Ciências Médicas, Unicamp – Campinas (SP), Brazil.

Cristina Laguna Benetti Pinto

PhD; Professor at Department of Obstetrics and Gynecology, Centro de Atenção Integrada à Saúde da Mulher, Unicamp – Campinas (SP), Brazil.

Virgínia Pianissoni Piassaroli

Post-graduate student at Department of Obstetrics and Gynecology, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Campinas (SP), Brazil.

Rose Luce Gomes do Amaral

PhD; Professor at Department of Obstetrics and Gynecology, Centro de Atenção Integrada à Saúde da Mulher, Unicamp – Campinas (SP), Brazil.

Nádia Polpeta

Post-graduate student at Department of Obstetrics and Gynecology, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Campinas (SP), Brazil.

Publicado

2022-03-28

Como Citar

1.
Bardin MG, Giraldo PC, Pinto CLB, Piassaroli VP, Amaral RLG do, Polpeta N. Associação de absorventes higiênicos íntimos e vestimentas com vulvovaginites. DST [Internet]. 28º de março de 2022 [citado 23º de novembro de 2024];25(3):123-7. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/350

Edição

Seção

Artigo original