Um clássico e potente microbicida

a ação do hipoclorito de sódio em infecções vaginais

Autores

  • Mauro R.L. Passos
  • Diogo R. Machado
  • Rubem A. Goulart Filho
  • Renato S. Bravo
  • Nero A. Barreto

Palavras-chave:

Hipoclorito de Sódio, Microbicida, Vaginite, Tratamento

Resumo

Introdução: Corrimento vaginal é uma queixa frequente nos serviços de ginecologia. Dessas queixas, as infecções por vaginose bacteriana, candidíase e tricomoniase são as mais prevalentes. Vários microbicidas estão sendo testados. Aqueles a base de cloro, possuem histórica e potente ação. Objetivos: Isolar os principais microrganismos envolvidos em infecções vaginais; testar a eficácia terapêutica de solução de 750 ppm de hipoclorito de sódio em aplicação vaginal, comparando com grupo usando placebo. Metodologia: Estudo com seleção aleatória dos sujeitos de pesquisa, duplo cego e comparativo em dois grupos: A- 55 pacientes usando placebo (água bidestilada) por aplicação vaginal diária por 10 dias. B- 57 pacientes usando solução de hipoclorito de sódia a 750 ppm por igual período. Os principais exames foram: cultura de secreção vaginal para bactérias aeróbias. facultativas e anaeróbias, fungos e Tríchomonas vaginalis. medida de pH vaginal, colpocitologia oncológica c dosagem sérica de Na. CL e K. Os exames clínicos da vulva, vagina e colo, assim como toda a coleta de malerais foram sempre feitas pelo ou com a presença do autor principal. Só participaram do estudo as pacientes que concordaram e cumpriram todo o protocolo. Resultados: O principal germe isolado foi G. vaginalis seguido de S. Lpidennidis, S. agalactie. Laciobacilhis sp. Cândido albicans. Tríchomonas vaginalis. Bactcroides melaninogenico (Prevotella). No grupo hipoclorito a melhora clínica, micobiológica e cilológica foi significativamente maior do que no grupo placebo. Não ocorreram alterações nas concentrações plasmáticas de Na. Cl K. Não foram relatados efeitos colaterais importantes em ambos os grupos. Na avaliação das pacientes do grupo hipoclorito. X7.725J acharam o resultado excelente. Já no grupo placebo apenas 7.72% tiveram a mesma resposta. Na avaliação do pesquisador, o grupo placebo teve 3.63% de resultado excelente mas no grupo hipoclorito o achado excelente foi de 77.19% Conclusão: Apesar da G. vaginalis ter sido a mais encontrada, os vários outros patógenos merecem atenção: a aplicação do microbicida hipoclorito de sódio teve grande eficácia, fácil manuseio e boa aceitação pelas pacientes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mauro R.L. Passos

Prof. Adjunto Doutor. Setor de DST (MIP/CMB/CCM). Universidade Federal Fluminense.

Diogo R. Machado

Prof. Titular. Instituto de Microbiologia. Universidade Federal do Rio de Janeiro (aposentado).

Rubem A. Goulart Filho

Mestre em DST. Setor de DST (MIP/CMB/CCM). Universidade Federal Fluminense.

Renato S. Bravo

Prof. Adjunto Doutor. Ginecologia. Universidade Federal Fluminense.

Nero A. Barreto

Prof. Adjunto Doutorando. FIOCRUZ. Setor de DST (MIP/CMB/CCM). Universidade Federal Fluminense.

Downloads

Publicado

2002-02-15

Como Citar

1.
Passos MR, Machado DR, Goulart Filho RA, Bravo RS, Barreto NA. Um clássico e potente microbicida: a ação do hipoclorito de sódio em infecções vaginais. DST [Internet]. 15º de fevereiro de 2002 [citado 22º de novembro de 2024];14(1):5-15. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/378

Edição

Seção

Artigo original