Tratamento de sífilis adquirida com azitroicina

Autores

  • Mauro R.L. Passos
  • Rubem A. Goulart Filho Universidade Federal Fluminense
  • Altamiro, V.V. Carvalho Universidade Federal Fluminense
  • Nero A. Barreto
  • Auri V.S. Nascimento Universidade Federal Fluminense
  • Renata Q. Varella Universidade Federal Fluminense
  • Vandira M.S. Pinheiro
  • Rogério R. Tavares Universidade Federal Fluminense
  • Cláudio C.C. Santos Universidade Federal Fluminense
  • Patrícia M.C. Azevedo

Palavras-chave:

Azitromicina, sífilis, tratamento

Resumo

Introdução: A sífilis é uma DST altamente prevalente em todo o mundo, acometendo principalmente populações e países com problemas socioeconômicos e culturais. Todavia, desafiando a medicina, também é problema em países desenvolvidos. Os estudos comparativos sobre terapêuticas são poucos. Nos últimos anos, mesmo em número pequeno, vários estudos envolvendo azitromicina apresentaram excelentes taxas de cura. Objetivo: Avaliar a eficácia da azitromicina no tratamento de sífilis adquirida em pacientes na qual a utilização de penicilina G benzatina teve alguma impossibilidade. Metodologia: Estudo aberto, num único centro, o Setor de DST-UFF, Niterói, Rio de Janeiro, período de 1997 a 2000, 57 pacientes com sífilis recente (primária/secundária) e latente precoce foram acompanhados. O diagnóstico foi por bacterioscopia em campo escuro e/ou sorologia de VDRL. O seguimento sorológico foi bimensal. Os pacientes foram divididos em dois grupos: A- 1g de azitromicina/semana por 3 semanas ; B- 1 g de azitromicina / semana por 4 semanas. Critério de cura: remissão da sintomatologia e declínio de quatro títulos da sorologia pré tratamento ou sua negativação. Resultados: Todos os pacientes que apresentavam lesões genitais e/ou dermatológicas , 50/57 evoluíram com regressão das mesmas em duas semanas. Não ocorreram efeitos colaterais importantes nem hipersensibilidade ao medicamento. No grupo A (3 doses) a taxa de cura foi 27/27 (100%) e no B (4 doses) foi 28/30 (93,4 %) com um total de 55/57 (6,7%), não apresentando diferença significativa entre os grupos. As intercorrências clínicas foram: 6/57 (10,5%) HIV positivo, 5/57 (8,8%) com HPV , 5/57 (8,8%) com candidíase, 2/57 (3,5 %) com tricomoníase e 1/57 (1,8%) com cancro mole. A reação de Jarish- Herxheimer ocorreu em três pacientes. Conclusão: Com a experiência trazida pela rotina do Setor de DST-UFF, conclui-se que a azitromicina pode ser adotada como um tratamento prático, seguro e eficaz da sífilis adquirida em pacientes nas fases recente e latente precoce.

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Biografia do Autor

Mauro R.L. Passos

Prof. Doutor, Adjunto do Departamento de Microbiologia e Parasitologia/ MIP/CMB/CCM-UFF – Setor de DST

Rubem A. Goulart Filho, Universidade Federal Fluminense

Enfermeiro, Especialista e Mestre em DST pela Universidade Federal Fluminense

Altamiro, V.V. Carvalho, Universidade Federal Fluminense

Médico Pediatra, Mestre em DST pela Universidade Federal Fluminense

Nero A. Barreto

Prof. Mestre, Departamento de Microbiologia e Parasitologia/MIP/CMB/CCM-UFF Departamento de Microbiologia e Parasitologia/MIP/CMB/CCM-UFF

Auri V.S. Nascimento, Universidade Federal Fluminense

Enfermeira, Especialista em DST pela Universidade Federal Fluminense

Renata Q. Varella, Universidade Federal Fluminense

Médica Ginecologista e Obstétra, Especialista em DST pela Universidade Federal Fluminense

Vandira M.S. Pinheiro

Profa Mestre – Programa de Pós-Graduação em DST/Setor DST/MIP/CMB/CCM-UFF

Rogério R. Tavares, Universidade Federal Fluminense

Médico Dermatologista, Mestre em DST pela Universidade Federal Fluminense

Cláudio C.C. Santos, Universidade Federal Fluminense

Biólogo, Mestrando em Neurobiologia do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense

Patrícia M.C. Azevedo

Graduanda em Medicina, Monitora DST/Setor DST/MIP/CMB/CCM-UFF

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Publicado

2001-09-30

Como Citar

1.
Passos MR, Goulart Filho RA, Carvalho AV, Barreto NA, Nascimento AV, Varella RQ, et al. Tratamento de sífilis adquirida com azitroicina. DST [Internet]. 30º de setembro de 2001 [citado 22º de novembro de 2024];13(3):23-32. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/383

Edição

Seção

Artigo original