Utilidade do escore de risco padrão do Brasil na avaliação da infecção gonocócica em mulheres com corrimento vaginal

Autores

  • Adele S. Benzaken
  • Valderiza Pedrosa
  • Enrique G. Garcia
  • João Dutra
  • Jose Carlos G. Sardinha

Palavras-chave:

mulheres, corrimento vaginal, score de risco, infecção gonocócica

Resumo

lnlrodução: A busca de novos elementos para aprimorar os resultados da sensibilidade e especificidade dos algoritmos para a sindrome de corrimento vaginal é uma prioridade dos programas de controle das DST. A pouca correspondência entre a queixa de corrimento vaginal e a positividade da infecção gonocócica e/ou clamídia tem sido amplamente reportada na literatura internacional. Objetivo: Avaliar a utilidade do emprego das definições para score de risco padronizado pela Coordenação Nacional de DST/Aids (CNDST/Aids) do Ministério da Saúde do Brasil para a população da cidade de Manaus, Estado do Amazonas. Métodos: No período de 1 de outubro a 30 de dezembro do ano 2000 um total de 520 mulheres foram atendidas na rotina da clinica de DST da Fundação Alfredo da Mana (FUAM) por diferentes queixas. Ao protocolo de atendimento foi colhido sistematicamente cuhurn para gonococo em meio de Thayer Manin modificado. Correlacionou-se as mulheres que apresentavam corrimento vaginal com o resultado da cultura e o escore de risco. Resultados: A prevalência da infecção gonocócica nas mulheres com queixa de corrimento vaginal (172) foi de 8.2%. As que apresentaram score de risco com pon1uação inferior a 2 ou "negativo" foi de 65.7% e as restantes (34.3%) tinham escore de risco igual ou maior de 2 ou 'positivo". As mulheres com score de risco positivo apresentaram uma prevalência de infecção gonocócica de 18.6%. comparadas com 2.6% das que tinham score menor de 2 (p=0.001). Os resultados de Sensibilidade. Especificidade e VPP foram de 88,6/69.6/18.6. Conclusão: Dos quatro parâmetros utilizados no score de risco padronizados pela CNDST/Aids somente o antecedente de ser parceiro sexual de um homem com corrimento uretral apresenta uma aceitável sensibilidade e especificidade para infecçãogonocócica. É muito provável que estes valores pudessem ser mais alentadores se fosse lambém incluído o diagnóstico para a infecção pôr clamídia. O risco relativo de ter uma infecção gonocócica quando se tem um score de risco positivo é de 8.5. Se encontram resultados consistentes com a recomendação de tratar para infecção gonocócica toda mulher contato de um homem com corrimento uretral independentemente da presença ou não de sintomas.

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Biografia do Autor

Adele S. Benzaken

Médica Ginecologista, Gerente do Setor de DST-Fundaçao Alfredo da Matta· FUAM.

Valderiza Pedrosa

Assistente Social Gerente Epidemiologia-FUAM.

Enrique G. Garcia

Prof. Dr. Departamentos Medicina lnterna e Saúde Pública Faculdade Medicina Calixto
Gurein, Universidade de Havana. Cuba. Médico. Epidemiologista. Consullor-FUAM.

João Dutra

Médico. Ginecologista-FUAM.

Jose Carlos G. Sardinha

Médico. Dermatologista. Diretor de Ensino. Pesquisa e Assistência da FUAM.

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Publicado

2001-09-30

Como Citar

1.
Benzaken AS, Pedrosa V, Garcia EG, Dutra J, Sardinha JCG. Utilidade do escore de risco padrão do Brasil na avaliação da infecção gonocócica em mulheres com corrimento vaginal. DST [Internet]. 30º de setembro de 2001 [citado 22º de novembro de 2024];13(5):4-7. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/490

Edição

Seção

Artigo original