Validação do fluxograma de corrimento vaginal em gestantes

Autores

  • Maria Luiza B. Menezes
  • Aníbal E. Faúndes

Palavras-chave:

candidíase – tratamento, vulvovaginite, diagnóstico, Neisseria gonorrhoeae, Trichomonas vaginalis, doenças sexualmente transmis-síveis, vaginose bacteriana, candidíase vulvovaginal

Resumo

Introdução: o Ministério da Saúde do Brasil recomenda a abordagem sindrômica para o manejo de pacientes com DST, no entanto não se tem regis-trado a validação do fluxograma de corrimento vaginal em gestantes brasileiras. Objetivo:analisar a validação do fluxograma de corrimento vaginalrecomendado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 400 gestantes do pré-natal do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, Recife – PE, noperíodo de janeiro a julho de 2002. Métodos: o desenho do estudo foi de validação de teste diagnóstico. As gestantes foram submetidas a exameginecológico, teste das aminas, coleta de conteúdo vaginal para exame microscópico a fresco e por coloração de Gram e coleta de urina para pesquisade Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeaepor técnica de biologia molecular. Analisou-se a validação do fluxograma para o diagnóstico decervicite e infecções vaginais através da sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e índice de Youden. Resultados:os valoresda sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e índice de Youden do fluxograma de corrimento vaginal para cervicite, tricomoníase, vaginose bacteriana e candidíase variaram, respectivamente, de 26% a 95%; 42% a 92%; 16% a 72%; 39% a 99%; e 0,0 a 0,6; de acordo comos ramos do fluxograma empregados. Conclusão: o fluxograma mostrou fraca validação para cervicite; ótima validação para candidíase, tricomonía-se e vaginose bacteriana, quando se emprega a microscopia; regular para vaginose bacteriana, mas fraca para tricomoníase, quando emprega o critérioda associação do corrimento vaginal presente ao teste das aminas; e sofrível para tricomoníase e fraca para vaginose bacteriana e candidíase ao adotarapenas o critério do corrimento vaginal presente.

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Biografia do Autor

Maria Luiza B. Menezes

Doutora em Medicina, área de concentração em Ginecologia e Obstetrícia pela UNI-CAMP / Professora Assistente do Departamento Materno-Infantil – Faculdade de Ciências Médicas / Universidade de Pernambuco.

Aníbal E. Faúndes

Professor Titular do Departamento Materno-Infantil – Faculdade de Ciências Médicas /Universidade Estadual de Campinas.

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Publicado

2004-02-27

Como Citar

1.
Menezes MLB, Faúndes AE. Validação do fluxograma de corrimento vaginal em gestantes. DST [Internet]. 27º de fevereiro de 2004 [citado 22º de novembro de 2024];16(1):38-44. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/501

Edição

Seção

Artigo original