Mulheres detentas prevenção as DST/AIDS e gravidez no contexto de uma sociedade patriarcalista
Palavras-chave:
mulher detenta, sexualidade, DST/AIDS, prevençãoResumo
Fundamentos: O número de mulheres infecladas pelo HIV-aids no Brasil, vem aumentando principalmente, devido a relações sexuais com parceiros hetero ou bissexuais. Em nossa sociedade patriarcal, a sexualidade mostra-se enquadrada na pauta das relações de gênero, onde o homem geralmente comanda, tomando a iniciativa e determinando condutas, sem considerar a saúde da parceira e dos filhos. Objetivos: correlacionar a vulnerabilidade de mulheres detentas às DST/ Aids com relações de gênero dentro e fora da prisão, levantando suas percepções sobre a própria sexualidade e riscos às DST/ Aids; orientá-las quanto à importância da prática do sexo seguro e negociação com o(a) parceiro(a) do uso do preservativo. Método: trabalhamos 14 detentas em cadeia do interior paulista, maioria entre 18 a 34 anos, mães, 2 homossexuais, maioria presa por tráfico de drogas. Desenvolvemos pesquisa ação humanista, participativa e qualitativa, com entrevista individualizada e gravações em filas K-7 autorizadas, transcrição, análise e interpretação das falas. Resultados: 8 mulheres apontaram seus parceiros. como dominantes na relação sexual e donos da iniciativa. Quase a totalidade mencionou liberdade sexual com seu par e prevenção da gravidez, utilizando diferentes métodos. A maioria nunca se preveniu contra as DST/Aids. Conclusões: Os achados confirmam os resultados de outros estudos pertinentes a mulheres, a vulnerabilidade à infecção pelo HIV e as DST, tendo as relações de gênero, como elemento noneador às práticas de educação preventiva.