A pertinênciado lacto bacillus sp na flora vaginal durante o trabalho de parto prematuro
Palavras-chave:
vaginose bacteriana, flora vaginal, trabalho de parto prematuro, Lactobacillus sp., vulvovaginitesResumo
Introdução: Pouco ou nada foi investigado sobre a associação entre trabalho de parto prematuro (TPP) e vaginose bacteriana (VB) no momento do trabalhode parto. Mais relevante do que a presença da BV talvez seja a presença de flora vaginal lactobacilar protetora. Objetivo: quantificar e comparar a presençade flora vaginal anormal e da VB em mulheres com TPP e a termo instaurados. Métodos: gestantes em TPP confirmado foram convidadas a participar doestudo, que coletou amostras de conteúdo vaginal para análise microbiológica. Apenas as pacientes internadas para inibição do trabalho de parto foram aceitas.Qualquer gestante em trabalho de parto a termo subseqüente ao caso índice foi convidada a constituir o grupo controle. Colheu-se material vaginal que foidisposto em duas lâminas de vidro e analisado sob microscopia óptica. Resultados: flora anormal (Tipo 3) foi encontrada em 28 mulheres (24,5%), sendo que18 (34,61%) pertenciam ao grupo TPP e apenas 10 (16,1%) ao grupo trabalho de parto a termo (TPT), p=0,02. A VB esteve presente em 13 mulheres (11,4%),sendo 9 (17,3%) entre os TPP e apenas 4 (6,4%) dos casos de TPT (ns). Cento e quatro mulheres evoluíram para parto e 10 ainda estão em evolução da gestaçãoou tiveram partos em outra instituição. Conclusão: existe forte associação entre falta de Lactobacillus sp. e TPP quando o diagnóstico é realizado durante otrabalho de parto. A VB foi 2,7 vezes mais freqüente nos casos de TPP quando comparada aos casos de TPT.