Manejo de sífilis em gestantes e seus recém-nascidos
ainda um problema?
Palavras-chave:
sífilis congênita, recém-nascido, testes para triagem do soro materno, gestanteResumo
Introdução: A sífilis congênita (SC) é um agravo prevenível, mas o Brasil ainda apresenta alta prevalência da doença, com consequente morbimortalidade perinatal. Objetivo: Avaliar a abordagem de sífilis em gestantes e seus recém-nascidos encaminhados para centro de referência. Métodos: Estudo transversal, de março de 2012 a abril de 2013. A coleta de dados foi realizada em prontuários de pacientes referenciados com SC, considerando critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS). Os dados foram analisados pelo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética. Resultados: Um total de 31 recém-nascidos foi encaminhado devido à triagem materna com Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) materno positivo durante a gestação, com 4 mulheres adequadamente tratadas. Treze recém-nascidos apresentaram alteração no hemograma e 1 apresentou alteração óssea, 28 deles com tratamento adequado. Discussão: Quando se considera adequação de tratamento de acordo com as diretrizes nacionais, poucos casos de sífilis na gestação são considerados adequadamente tratados. Isso impacta na assistência ao recém-nascido, que, muitas vezes, é submetido a propedêutica invasiva e tratamento extenso, embora na maioria das vezes seja assintomático. Conclusão: O seguimento das recomendações para o tratamento da sífilis na gestante tem sido, frequentemente, considerado inadequado, o que dificulta a eliminação da SC.