Cervicites e seus agentes na rotina dos exames colpocitológicos

Autores

  • Thais G Tavares
  • Patrícia Krunn
  • Eglon Inácio Costa
  • Cátia ML Padilha
  • Álvaro P Pinto

Palavras-chave:

exame colpocitológico, teste de Papanicolaou, cervicite, vaginites, leucorréia

Resumo

Introdução: cervicite é um dos assuntos mais controvertidos na patologia cervical e sua definição varia muito de acordo com a análise dos aspectosclínico, citológico, colposcópico e histológico. Objetivo: considerando a capacidade do teste de Papanicolaou na identificação de agentes microbio-lógicos e a leucorréia como causa mais freqüente de consulta ginecológica, este estudo tem como objetivo analisar a prevalência de cervicite e seusagentes microbiológicos na rotina dos exames colpocitológicos. Métodos: foram analisados 500 esfregaços cérvico-vaginais da rotina da Divisão dePatologia do Instituto Nacional do Câncer (DIPAT-INCA). Foram excluídos 171 (34,2%) casos por não conterem células glandulares endocervicais.Os critérios utilizados para o diagnóstico de cervicite foram: 1) alterações nas células metaplásicas e endocervicais – metacromasia, pseudo-eosinofi-lia, binucleação ou multinucleação, aumento do volume nuclear e nucléolos proeminentes; 2) intensidade do exsudato inflamatório; e 3) a quantidadede muco cervical presente no esfregaço. Resultados: dos 329 casos estudados, 207 casos (63%) apresentaram cervicite. A idade das pacientes varioude 15 a 74 anos, sendo a idade média de 36 anos. Quanto aos critérios utilizados para o diagnóstico, 98% apresentavam metacromasia, 97,8% pseudo-eosinofilia, 47,5% ativação nuclear e 6,7% binucleação ou multinucleação. Nenhum caso apresentou nucléolo proeminente. Apenas 0,8% dos casosapresentou cervicite linfocítica. De acordo com a microbiota bacteriana e os agentes causais de inflamação, 47% apresentaram microbiota de bacilosde Dodërlein, 23,8% microbiota de bacilos curtos, 5,3% microbiota de cocos, 7,7% microbiota mista, 21,8% microbiota sugestiva de Gardnerellavaginalis, em 6,3% microbiota não-visualizada, 0,5% apresentou célula com inclusões sugestiva de clamídia, 4,3% tricomoníase e 2,4% candidíase.Conclusão: o presente estudo demonstrou a eficácia do método de Papanicolaou para o diagnóstico de cervicite e determinação do agente causal. Palavras-chave:exame colpocitológico, teste de Papanicolaou, cervicite, vaginites, leucorréia.

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Biografia do Autor

Thais G Tavares

Biomédica Pós-graduada em Análises Clínicas. Citotécnica pelo Instituto Nacional doCâncer- INCA. Especialista em Citotecnologia pela Sociedade Brasileira de Citopatolo-gia. Citotécnica do Laboratório ANNALAB. 

Patrícia Krunn

Acadêmica do Curso de Medicina, Universidade Federal da Paraíba (UFPR). Bolsistado Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Cátia ML Padilha

Professora do Curso de Especialização em Técnico de Citopatologia do Instituto Nacio-nal do Câncer.

Álvaro P Pinto

Professor Adjunto do Departamento de Patologia Médica do Setor de Ciências daSaúde da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Diretor e Citopatologista do Labora-tório de Anatomia Patológica e Citopatologia ANNALAB.      

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Publicado

2007-03-01

Como Citar

1.
Tavares TG, Krunn P, Costa EI, Padilha CM, Pinto Álvaro P. Cervicites e seus agentes na rotina dos exames colpocitológicos. DST [Internet]. 1º de março de 2007 [citado 21º de novembro de 2024];19(1):30-4. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/709

Edição

Seção

Artigo original