Validación clinica de um guante conindicador de pH (vagitest®) para la aproximación diagnóstica de las infecciones vaginales
Palavras-chave:
infecções vaginais, pH vaginal, diagnósticoResumo
Introdução: as infecções cervicovaginais (CV) possuem relevância devido a suas potenciais complicações, tanto em pacientes obstétricas quantoem ginecológicas. Está bem estabelecido que a determinação do pH vaginal mediante fitas reativas é uma ferramenta simples e de baixo custo paraser utilizada nos diferentes níveis da atenção médica para a aproximação diagnóstica destas infecções. Objetivo: estabelecer os valores de sensibili-dade, especificidade e poderes preditivos por meio do auto-exame com o uso de uma luva com indicador do pH vaginal (Vagitest®), comparadocom a medição do pH mediante fitas reativas tradicionais realizada pelo médico.Métodos:estudaram-se, de maneira prospectiva, 181 mulheressintomáticas ou não entre 1ode agosto de 2006 e 30 de abril de 2007. Todas as pacientes incluídas utilizaram o Vagitest® antes de realizar a rotinamicrobiológica para infecções CV, que incluiu: exame clínico com especuloscopia, determinação do pH vaginal mediante o uso de fitas reativas tra-dicionais, teste de aminas (OHK 10%) e exame microscópico a fresco e após a coloração de Gram. Para o diagnóstico de vaginose bacteriana (VB),utilizaram-se critérios de Amsel e/ou de Nugent. Os valores obtidos pelas pacientes por meio do auto-exame, por meio da introdução do dedo indi-cador com o medidor do pH na luva e leitura imediata conforme a correspondência da cor na tabela de referência, foram depois comparados com osrealizados pelos profissionais mediante especuloscopia e considerados gold standardou padrão-ouro. Resultados: a média de idade das pacientesque ingressaram no estudo foi de 33,59 anos (intervalo: 16-70). Trinta e duas das 181 pacientes estavam grávidas, com idade gestacional superior a12 semanas. Diagnósticos microbiológicos mais freqüentes: 90 pacientes corresponderam a MH (49,72%), sendo VB a infecção vaginal mais preva-lente (48/181:26,51%), candidíase vulvovaginal em 18 casos (9,99%), microbiota intermédia 11 (6,07%) e tricomoníase em cinco pacientes(2,76%). Das 103 pacientes com pH elevado (> 4,5) com o uso de Vagitest®, 91 pacientes (88,3%) também tinham o pH elevado com o exame con-vencional mediante especuloscopia (verdadeiros-positivos) e só em 12 casos (11,6%) o pH foi menor que 4,5 (falsos-positivos). E das 78 mulheresque realizaram auto-exame com Vagitest® e o pH foi menor que 4,5, 60 delas (76.9%) resultaram também menores que 4,5 por exame tradicional(verdadeiros-negativos), no entanto, nas 18 restantes (23%), o pH resultou maior quando foi feito o exame com fitas reativas (falsos-negativos).Sensibilidade: 83,49% (IC 95%: 74,89-89,66), especificidade: 83.33% (IC 95%: 72,30-90,73), valor preditivo positivo (PPP): 88,35% (IC 95%:80,16-93,57) e valor preditivo negativo (PPN): 76,92% (IC 95%: 65,75-85,40).Conclusão: pode-se deduzir que este novo método de aproximaçãodiagnóstica é altamente confiável e seguro para ser aplicado à prática médica, tanto pelos profissionais quanto pelas próprias pacientes.Palavras-chave: infecções vaginais, pH vaginal, diagnóstico.