Perfil epidemiológico e transmissão materno fetal da sífilis em gestantes de Cascavel (PR)

Autores

  • Ana Carolina de Oliveira Lago
  • Douglas Soltau Gomes

Palavras-chave:

sífilis, gestantes, epidemologia, cuidado pré-natal

Resumo

Introdução: A sífilis gestacional constitui um sério problema de saúde pública. A falha em seu diagnóstico e tratamento determina alto risco de transmissão vertical, podendo acarretar, em boa parte dos casos, desfechos perinatais desfavoráveis. Objetivo: Analisar a epidemiologia da sífilis gestacional e sua transmissão materno-fetal em Cascavel (PR), visando contribuir para a melhoria das ações de controle desse agravo. Métodos: Trata-se de estudo transversal e descritivo realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel. Foram coletadas, a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), informações sociodemográficas e variáveis relacionadas ao diagnóstico e tratamento de 135 gestantes com sífilis residentes em Cascavel, notificadas entre 2008 e 2013. Informações relativas à evolução clínica dos casos vieram de fichas de notificação de sífilis congênita do mesmo período. A análise da adequação do tratamento recebido pelas gestantes baseou-se nas recomendações do Ministério da Saúde. Resultados: A incidência de sífilis em gestantes esteve em ascensão no período em estudo, tendo contribuído para uma transmissão vertical de 23,3% e para a manutenção das taxas de incidência de sífilis congênita acima das metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Embora 95,6% das gestantes tenham realizado pré-natal e 99,3% tenham realizado sorologia não treponêmica, o tratamento prescrito a elas foi inadequado em 47,9% dos casos, sendo o não tratamento do parceiro o principal motivo (82,5%) dessa inadequação. Constatou-se um considerável percentual de variáveis com o campo ignorado nas fichas de notificação de sífilis gestacional, além da falta de notificação das mães de 11 crianças com sífilis congênita registradas no SINAN nesse período. Conclusão: A ampliação dos esforços de notificação, além de melhorias na qualidade do pré-natal fornecido às gestantes, principalmente no que diz respeito ao tratamento prescrito a elas e a seus parceiros, ainda é necessária para garantir o controle da sífilis entre gestantes e de sua transmissão vertical.

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Biografia do Autor

Ana Carolina de Oliveira Lago

Doctor at FAG – Cascavel (PR), Brazil.

Douglas Soltau Gomes

Doctor, Gynecologist and Obstetrician at Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mastologist, PhD, and MSc in Medical Pathology at the Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor of Obstetrics and Gynecology at FAG – Cascavel (PR), Brazil.

Publicado

2022-04-20

Como Citar

1.
Lago AC de O, Gomes DS. Perfil epidemiológico e transmissão materno fetal da sífilis em gestantes de Cascavel (PR). DST [Internet]. 20º de abril de 2022 [citado 4º de dezembro de 2024];28(1):29-35. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/744

Edição

Seção

Artigo original