Estigma do HIV positivo expresso por meio do preconceito velado
Palavras-chave:
preconceito, soropositividade HIV, síndrome da imunodeficiência adquirida, pessoal de saúde, doenças sexualmente transmissíveisResumo
Introdução: O termo estigma foi criado pelos gregos da Antiguidade para referirem sinais feitos no corpo que evidenciavam algo ruim sobre a moral de quem os apresentava. Objetivo: Objetivou-se verificar a presença de atitudes discriminatórias de usuários do sistema público de saúde em relação a indivíduos HIV positivo, além da percepção dos mesmos sobre a possibilidade de contraírem algum tipo de doença durante o tratamento odontológico. Métodos: O instrumento de coleta de dados consistiu de um questionário semiestruturado. Realizaram-se entrevistas com perguntas relacionadas à concordância do indivíduo ao atendimento por um cirurgião-dentista HIV positivo, após o atendimento de um paciente soropositivo, ou um presidiário; a percepção da possibilidade de se contrair alguma doença no consultório odontológico; preocupação com relação à esterilização dos materiais utilizados e conhecimento sobre a forma de esterilização. Resultados: Foram entrevistados 200 indivíduos, sendo que 142 afirmaram que aceitariam ser atendidos após um paciente HIV positivo e 160 após um presidiário. Ainda, 162 se disporiam ser tratados por um cirurgião-dentista HIV positivo. Entretanto, quando questionados em relação à preferência, 93 prefeririam o atendimento antes de um indivíduo soropositivo e 60 antes de um presidiário. Conclusão: Conclui-se que os pacientes apresentam atitudes discriminatórias em relação a pessoas soropositivas, expressa às vezes de maneira velada e a percepção sobre a possibilidade de contrair algum tipo de infecção durante o tratamento odontológico.