Correlação entre vaginose bacteriana e desfechos obstétricos desfavoráveis em mulheres brasileiras

Autores

  • Michelly Nóbrega Monteiro Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Ricardo Ney Oliveira Cobucci Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Janice Queiroz Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Eudes Euler de Souza Lucena Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN)
  • Ana Luísa Fernandes Vital Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN)
  • Ana Katherine Gonçalves Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Tatyane Ribeiro de Castro Palitot Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • José Eleutério Junior Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Paulo César Giraldo Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Palavras-chave:

vaginose bacteriana, gravidez, complicações na gravidez, trabalho de parto prematuro, recém-nascido de baixo peso

Resumo

Introdução: Infecções vaginais e mudanças na flora vaginal são prevalentes durante a gravidez e têm sido associadas com desfechos obstétricos adversos, tais como trabalho de parto prematuro, amniorrexe prematura e baixo peso ao nascer. Objetivos: Correlacionar a presença de vaginose bacteriana (VB) com desfecho obstétrico desfavorável em mulheres brasileiras com gravidez no terceiro trimestre. Métodos: O estudo prospectivo observacional foi conduzido avaliando microbiota vaginal por bacterioscopia (a fresco e Gram) usando swab vaginal obtido de mulheres grávidas entre a 26 e a 32a semanas de gestação. As mulheres foram monitoradas até o parto, e os dados de seu seguimento e os demográficos foram coletados por meio de um questionário autoaplicável. Resultados: Foi diagnosticada VB, com base nos critérios de Amsel e de Nugent, em 77 mulheres entre as 190, demonstrando prevalência de 42.5%. VB foi significativamente associada com maior risco de parto prematuro (risk ratio [RR], 2.89; 95% intervalo de confiança [IC], 2.35–3.56) e de baixo peso ao nascer (RR, 2.17; 95%IC, 1.61–2.92). A rotura prematura das membranas não foi associada com VB. Conclusão: Foi constatada alta frequência de VB entre as mulheres brasileiras grávidas no terceiro trimestre, e a BV correlacionou-se com piores prognósticos da gravidez. O rastreio rotineiro de mulheres grávidas pode permitir um tratamento precoce e a prevenção de algumas complicações obstétricas.

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Publicado

2017-03-05

Como Citar

1.
Monteiro MN, Cobucci RNO, Queiroz J, Lucena EE de S, Vital ALF, Gonçalves AK, et al. Correlação entre vaginose bacteriana e desfechos obstétricos desfavoráveis em mulheres brasileiras. DST [Internet]. 5º de março de 2017 [citado 4º de dezembro de 2024];29(3):101-5. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/801

Edição

Seção

Artigo original