Lipodistrofia e parâmetros metabólicos de pessoas vivendo com HIV
Palavras-chave:
HIV, lipodistrofia, terapia antirretroviralResumo
Introdução: Desde os primeiros casos relatados nos Estados Unidos, a Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS) ainda continua sendo um dos grandes desafios para a saúde global. Objetivo: Avaliar os parâmetros metabólicos e as manifestações clínicas da lipodistrofia em pacientes com síndrome lipodistrófica do HIV, associada ao uso de terapia antirretroviral. Métodos: Estudo transversal analítico realizado de dezembro de 2015 a junho de 2016 em hospital público de referência no atendimento de pacientes HIV, em Belém, Pará, Brasil. A amostra foi composta de pacientes com sorologia positiva para o HIV em tratamento com antirretrovirais e lipodistrofia. Foram realizadas entrevistas e foi aplicado um protocolo de pesquisa mais análise laboratorial. Resultados: Foram incluídos 54 pacientes, 68,5% masculinos e 31,5% femininos, com idade entre 26 e 72 anos e média de 53,07 anos (desvio padrão — DP±10,41). Entre as formas clínicas da lipodistrofia, a mista foi a de maior prevalência (72,2%). Quanto à dislipidemia, verificou-se que 30,8% dos pacientes apresentaram hipertrigliceridemia isolada, 26,9% dislipidemia mista, 19,2% lipoproteína de alta densidade (HDL-c) baixo e 17,3% sem dislipidemia. Quanto ao perfil glicêmico, 28,3% dos pacientes são diabéticos, 28,3% apresentaram glicemia de jejum alterada e 5,6% glicemia de jejum alterada e intolerância à glicose. Conclusão: A forma clínica da lipodistrofia mista foi a mais prevalente. Nesta pesquisa, não houve associação entre o perfil lipídico e as formas clínicas de lipodistrofia, contudo faz-se necessário o seguimento desses pacientes, para evitar possíveis complicações e riscos de eventos cardiovasculares.