Conhecimento sobre sífilis entre pacientes de duas unidades básicas de saúde do interior do estado de São Paulo
Palavras-chave:
sífilis, conhecimento, prevenção primáriaResumo
Introdução: O número de casos novos de sífilis continua elevado no Brasil, o que pode estar relacionado à influência de fatores sociodemográficos no comportamento sexual do indivíduo e à falta de conhecimento básico da doença, importante para sua prevenção e tratamento. Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre a sífilis de uma amostra de pacientes de duas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município de São José do Rio Preto, estado de São Paulo. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo e transversal. A percepção dos participantes sobre a doença foi avaliada mediante aplicação de questionário com perguntas objetivas. Os resultados obtidos foram analisados por estatística descritiva. Resultados: Foram entrevistadas 193 pessoas nas duas UBSs, sendo 95 na UBS 1 e 98 na UBS 2. No tocante à sífilis, 65% dos entrevistados nas duas unidades afirmaram saber a respeito da doença, e mesmo que a maioria tenha respondido corretamente sobre o meio de sua transmissão, mais de 11% dos pacientes da UBS 1 e quase 5% dos participantes da UBS 2 escolheram opções não associadas à relação sexual. Quase metade do total dos entrevistados não soube responder qual o principal sintoma no início da patologia. Mais de 50% das pessoas nunca conversaram com seu/sua parceiro(a) sexual sobre essa doença. Quanto à realização do teste para diagnóstico de sífilis nos últimos 12 meses, 80% dos entrevistados na UBS 1 e 95% dos entrevistados na UBS 2 responderam não o ter realizado. Conclusão: Entre os entrevistados das duas UBS, ficou evidente a falta de conhecimento sobre a sífilis, fato preocupante diante da gravidade que a doença pode gerar. Os resultados reforçam que ações de saúde precisam ser aplicadas como medidas de prevenção contra a sífilis nos bairros pesquisados.