Prevalência da vacinação contra hepatite b e imunidade sorológica em mulheres que realizaram o pré-natal em um ambulatório universitário no Sul do Brasil
Palavras-chave:
hepatite B, soroconversão, vacinação, cuidado pré-natalResumo
Introdução: A hepatite viral B (HVB) é uma infecção com elevada transmissibilidade, sendo o parto a principal forma de transmissão para recém-nascidos. A investigação da infecção por HBV na gestante deve ser realizada com pesquisa do antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg); já a imunidade ao vírus deve ser avaliada pela presença do anticorpo contra o antígeno de superfície do vírus da hepatite B (anti-HBs). A vacina é recomendada durante a gestação para todas as pacientes com resultado HbsAg e anti-HBs não reagentes. Objetivo: Analisar dados relacionados às medidas preventivas da infecção por HBV em gestantes que realizaram o acompanhamento pré-natal no ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (Rio Grande do Sul). Métodos: Estudo transversal por análise dos prontuários das pacientes do ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia, analisando e descrevendo dados relacionados às medidas preventivas da infecção por HBV, perfil socioeconômico e etnia dessas pacientes. Resultados: O número total de gestantes analisadas foi de 121, de idades entre 15 e 46 anos, maioria branca e com companheiro, e com renda maior que dois salários mínimos. Setenta e um pacientes apresentaram HBsAg não reagente e nenhuma paciente apresentou o exame reagente. Pouco mais de 40% das gestantes não havia realizado o exame HBsAg. Entre as 121 gestantes analisadas, 74 (61%) realizaram o teste de anti-HBs, e apenas 14 (19%) tiveram o teste reagente. Cerca de 15% comprovaram vacinação completa antes do acompanhamento pré-natal, porém apenas nove delas apresentaram o exame anti-HBs reagente. Conclusão: Foi encontrado um número inferior ao desejado de gestantes que realizaram os exames de triagem de infecção (HBsAg) e imunidade (anti-HBs) da hepatite B, e expressiva adesão incompleta à vacinação. É necessário incentivo à solicitação e realização de exames, e um preenchimento adequado do prontuário médico, além de confirmação da adesão das três doses do esquema vacinal recomendado pelo Ministério da Saúde.