Neurossífilis congênita

ainda um grave problema de saúde pública

Autores

  • Maria Luiza B Menezes
  • Carlos Alberto S Marques
  • Tereza Maria A Leal
  • Márcio C Melo
  • Priscila R Lima

Palavras-chave:

sífilis, gravidez, sífilis congênita, neurossífilis, saúde pública, DST

Resumo

Introdução: a sífilis é grave quando transmitida para o feto e invade o sistema nervoso central (SNC). Entretanto, o diagnóstico correto de neurossífilis congênita (NSC) é um dilema, pois testes para sífilis reagentes no LCR são raros. Como critério indireto, o nível mínimo de proteinorraquia passou de 100 para 150 mg/dL, segundo o Ministério da Saúde, em 2003. Objetivo: verificar a prevalência de sífilis congênita (SC) e NSC, avaliar a taxa de falso-positivos (FP) e verdadeiro-positivos (VP) do critério antigo e determinar as diferenças nos títulos de VDRL materno e neonatal e a evolução clínica entre os FP e os VP. Métodos: dados secundários de casos notificados como SC e NSC da Maternidade da Universidade de Pernambuco – Nordeste do Brasil, no período de junho de 1998 a junho de 2003, constituíram um banco de dados e análise pelo Epiinfo, versão Windows 3.3.2. Os dois critérios de NSC foram comparados, por estudo transversal analítico e de validação de teste diagnóstico, verificaram-se os percentuais de FP e VP do critério antigo e adotou-se o teste do qui-quadrado para a avaliação das diferenças de títulos de VDRL e ocorrências neonatais entre os FP e os VP. Resultados: 1.036 entre 32.246 nascidos vivos (3,21%) foram diagnosticados com SC, 360 (34,7%) tinham NSC pelo critério antigo, 282 (27,2%) confirmados pelo critério novo (78,3% dos antigos), representando 78 casos (21,7%) de FP. Não houve diferença significante (p > 0,05) entre os títulos de VDRL e ocorrências (icterícia, infecção, conjuntivite e hipoxia) entre os FP e os VP. Conclusão: a SC, principalmente a NSC, permanece como um grave problema de saúde pública.

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Biografia do Autor

Maria Luiza B Menezes

Profa. adjunto doutora da Universidade de Pernambuco

Carlos Alberto S Marques

Médico ginecologista do Hospital Agamenon Magalhães, Mestre em medicina.

Tereza Maria A Leal

Médica pediatra da Universidade de Pernambuco

Márcio C Melo

Médico clínico geral

Priscila R Lima

Médico clínico geral

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Publicado

2007-12-05

Como Citar

1.
Menezes MLB, Marques CAS, Leal TMA, Melo MC, Lima PR. Neurossífilis congênita: ainda um grave problema de saúde pública. DST [Internet]. 5º de dezembro de 2007 [citado 4º de dezembro de 2024];19(3-4):134-8. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/904

Edição

Seção

Artigo original