Análise de casos de Sífilis congênita na maternidade do Hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos, RJ
Palavras-chave:
sífilis congênita, gestantes, recém-nascido, DSTResumo
Introdução: nos dias atuais, a sífilis congênita continua sendo um importante desafio no campo da saúde pública, apesar da facilidade para o seu diagnóstico e tratamento. Objetivo: avaliar a abordagem diagnóstica e o tratamento da sífilis materna e do recém-nascido na Maternidade do Hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos, RJ. Métodos: revisão de prontuários e entrevistas com gestantes que atresentavam VDRL positivo no parto ou na curetagem e análise dos prontuários de seus recém-nascidos, no período de agosto de 2006 a abril de 2007. Resultados: houve uma prevalência de 1,18% (25/2.117) de gestantes com VDRL positivo. Só 8% (2/25) das gestantes com VDRL positivo tiveram o diagnóstico no primeiro
trimestre. Em apenas 28% (7/25) dos casos o tratamento materno foi correto, em 40% dos casos (10/25) sequer foi realizado. Apenas 12% (3/25) dos parceiros foram tratados. Em 80% (16/25) dos casos os recém-nascidos foram assintomáticos, mas se comprovaram alterações ósseas em 10% (2/25) e positividade do VDRL liquórico em 35% (7/25). Todos foram investigados e tratados corretamente. Conclusão: houve redução expressiva da positividade do VDRL entre as gestantes para o período de estudo quando comparada com os dados de 2001 e 2003. Ainda persiste o desafio da captação precoce das gestantes e do seu tratamento apropriado, bem como de seus parceiros, que são fundamentais para o controle deste agravo.