Prevalência de Papilomavírus humano em lesões benignas e malignas do trato genital feminino
Palavras-chave:
Papialomavirus, HPV, HibridizaçãoResumo
Recentemente, os papilomavírus humanos foram implicados como possíveis agentes etiológicos dos cânceres genitais, destacando- se alguns tipos virais (HPV 16 E 18), ditos oncogênicos A fim de determinar a prevalência do ADN dos papilomavírns(HPVs) em lesões genitais femininas, foram avaliadas 35 biópsias obtidas de pacientes atendidas no Hospital Luíza Gomes de Lemos ( INCa, Rio de Janeiro) e no Setor de Doenças Sexual mente Transmissíveis ( UFF. Niterói). As biópsias foram submetidas ao diagnóstico histológico e à detecção dos HPVs pela técnica de hibridização in silu. A hibridização foi realizada empregando-se sondas biotinlaadas dos HPVs tipos 6, 11, 16 e 18. Com relação à prevalência dos tipos virais. constatamos que 39,4% das biopsias apresentavam HPVI 6: 34,8% apresentavam HPV6 enquanto os HPVs 11 e 18 mostraram-se menos frequentes (6.1% e 19, 7%). O HPV 6 só foi encontrado isoladamente em lesões benignas (condilomas e NIC 1). Nas lesões pré-malignas e malignas do cervix feminino foram encontrados os HPVs oncogênicos: 16 e 18. Foi observado que um alto percentual das lesões de baixo grau apresentavam estes tipos virais de alto risco, sendo este fato relevante uma vez que a detecção precoce de HPVs oncogêrncos em lesões iniciais poderá determinar conduta cltmca e terapêutica mais adequadas. a fim de prevenir a evolução destas lesões ao câncer. O início precoce da atividade sexual mostrou correlação direta com a infecção virai e a severidade da lesão: já a cor da pele não apresentou qualquer relação significativa, embora maior número de pacientes atendidas tenha sido de mulheres brancas. Concluindo, a hibridização ín silu do ADN dos HPVs confere possibilidade de detecção e tipagem precoces de genomas virais oncogênicos em lesões potencialmente pré-malignas, sendo considerada eficiente ferramente de prevenção do câncer.