Prevalência de Papilomavírus humano em lesões benignas e malignas do trato genital feminino

Autores

  • Flávia Cristina Carvalho de Deus
  • Lucília da Gama Zardo
  • Mauro Romero Leal Passos
  • Ledy do Horto Santos Oliveira Instituto Biomédico, UFF
  • Silvia Maria Baêta Cavalcanti

Palavras-chave:

Papialomavirus, HPV, Hibridização

Resumo

Recentemente, os papilomavírus humanos foram implicados como possíveis agentes etiológicos dos cânceres genitais, destacando- se alguns tipos virais (HPV 16 E 18), ditos oncogênicos A fim de determinar a prevalência do ADN dos papilomavírns(HPVs) em lesões genitais femininas, foram avaliadas 35 biópsias obtidas de pacientes atendidas no Hospital Luíza Gomes de Lemos ( INCa, Rio de Janeiro) e no Setor de Doenças Sexual mente Transmissíveis ( UFF. Niterói). As biópsias foram submetidas ao diagnóstico histológico e à detecção dos HPVs pela técnica de hibridização in silu. A hibridização foi realizada empregando-se sondas biotinlaadas dos HPVs tipos 6, 11, 16 e 18. Com relação à prevalência dos tipos virais. constatamos que 39,4% das biopsias apresentavam HPVI 6: 34,8% apresentavam HPV6 enquanto os HPVs 11 e 18 mostraram-se menos frequentes (6.1% e 19, 7%). O HPV 6 só foi encontrado isoladamente em lesões benignas (condilomas e NIC 1). Nas lesões pré-malignas e malignas do cervix feminino foram encontrados os HPVs oncogênicos: 16 e 18. Foi observado que um alto percentual das lesões de baixo grau apresentavam estes tipos virais de alto risco, sendo este fato relevante uma vez que a detecção precoce de HPVs oncogêrncos em lesões iniciais poderá determinar conduta cltmca e terapêutica mais adequadas. a fim de prevenir a evolução destas lesões ao câncer. O início precoce da atividade sexual mostrou correlação direta com a infecção virai e a severidade da lesão: já a cor da pele não apresentou qualquer relação significativa, embora maior número de pacientes atendidas tenha sido de mulheres brancas. Concluindo, a hibridização ín silu do ADN dos HPVs confere possibilidade de detecção e tipagem precoces de genomas virais oncogênicos em lesões potencialmente pré-malignas, sendo considerada eficiente ferramente de prevenção do câncer.

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Biografia do Autor

Flávia Cristina Carvalho de Deus

Bolsista do CNPq (PIBIC-UFF)

Lucília da Gama Zardo

Médica eitpologista do Hospital Ginecológico Luíza Gomes de Lemos, INCa.

Mauro Romero Leal Passos

Porfessor, doutor chefe do setor de Doenças Sexualmente Transmissíveis, UFF.

Ledy do Horto Santos Oliveira, Instituto Biomédico, UFF

Professor Doutor do departamento de microbiologia do Instituto Biomédico, UFF.

Silvia Maria Baêta Cavalcanti

Doutoranda do Instituto de Microbiologia da UFRJ; Financiamento CNPq, UFF-PROPP.

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Publicado

1995-04-09

Como Citar

1.
Deus FCC de, Zardo L da G, Passos MRL, Oliveira L do HS, Cavalcanti SMB. Prevalência de Papilomavírus humano em lesões benignas e malignas do trato genital feminino. DST [Internet]. 9º de abril de 1995 [citado 22º de novembro de 2024];7(2):4-7. Disponível em: https://bdst.emnuvens.com.br/revista/article/view/97

Edição

Seção

Artigo original