Anos potenciais de vida perdidos (APVP) por aids
Pernambuco, 1996 e 2005
Palavras-chave:
APVP, mortalidade, aids, indicadores de saúde, DSTResumo
Introdução: o indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) oferece uma visão não só da frequência de uma causa de morte, mas também da idade em que a causa produziu a morte, o que toma possível o conhecimento, além da quantidade das mortes, da sua precocidade. Objetivo: descrever o comportamento da mortalidade por aids, utilizando o indicador APVP, em Pernambuco e suas mesorregiões, em 1996 e 2005. Métodos: realizou-se um estudo descritivo do tipo transversal. Para a obtenção do número de APVP foi feita a distribuição dos óbitos por agrupamentos de idade entre 1 e menos de 70 anos. Multiplicou-se o número de óbitos em cada intervalo de idade pelo número de anos restantes para atingir a idade limite. A média de APVP por óbito foi calculada como resultado da divisão do total de APVP pelo número de óbitos considerados. Resultados: em Pernambuco, nos anos de 1996 e 2005, houve uma redução do número de óbitos por aids (-0,75%), do número de APVP (-6,20%), da TAPVP (-17,86%) e da média de anos perdidos para cada óbito (-5,52%), embora tenha havido um aumento de 5,21% em relação à idade média ao morrer. Conclusão: Pernambuco vem experimentando modificações na trajetória da epidemia de aids, sendo observadas nesse estudo duas das tendências nacionais da epidemia: interiorização e maior sobrevida dos pacientes. Constatou-se também a importância do indicador APVP na análise da mortalidade por aids, uma vez que apesar do aumento observado na sobrevida, a aids ainda é responsável por milhares de APVP em Pernambuco.