Fatores associados à não adesão ao tratamento antirretroviral em adultos acima de 50 anos que têm HIV/aids
Palavras-chave:
síndrome da imunodeficiência adquirida, HIV, terapia antirretroviral de alta atividade, vulnerabilidade, enfermagem, DSTResumo
Introdução: a tecnologia medicamentosa implicou na redução da morbimortalidade das pessoas que têm HIV/aids. Os níveis de adesão ao uso dos antirretrovirais influenciam no sucesso ou não do tratamento. Considera-se a adesão como o maior determinante da resposta terapêutica, entretanto, não está estabelecido um método padronizado para sua avaliação. Objetivo: identificar os fatores associados à não adesão ao tratamento antirretroviral em adultos acima de 50 anos que têm aids. Método: delineamento transversal com uma população de 72 pacientes. A coleta de dados foi desenvolvida após aprovação do comitê de ética, com entrevista estruturada, no período de abril/2009 a outubro/2010. Foi realizada análise bivariada, cruzando o desfecho (adesão ao TARV) com as variáveis comportamentais de classificação de não aderentes. Resultados: a prevalência de não adesão foi de 29,2%. Os fatores associados à não adesão foram: conhecimento sobre carga viral e motivo do tratamento; bebidas alcoólicas; efeitos colaterais; coincidência entre o horário de trabalho e o de ingerir alguma dose do medicamento; tempo de acompanhamento no Serviço; comparecimento nas consultas; e necessidade de que alguém acompanhe o paciente ao Serviço. Conclusão: estes fatores implicam na saúde do paciente e estão associados ao cuidado de si, a fim de minimizar possibilidades de adoecimento, e ao cuidado do outro, no que se refere ao potencial de transmissão da infecção em nível coletivo.